A tua Marca é uma vítima da Crise ou uma disruptora de mercados?
É preciso estar Atento.
Quando nos deixamos ir nos automatismos dos nossos mercados sem os pensarmos, sem os sentirmos de dentro é fácil derrapar numa negação identitária de que, identidade essa que esses mesmos mercados, tanto carecem. Tornamo-nos pois vítimas da nossa própria distração e somos assim engolidos, esmagados, triturados (desculpem ainda não tomei o pequeno almoço) por um grande Clube sem DNA.
Para uma Marca Pessoal a Crise é sempre Evolutiva. Crises são transitórias e fortalecem o caminho. Imagina que a tua Marca é um veleiro, a navegar um mar bem no centro da Tempestade. Consegues sentir como a Tempestade testa a força, a estabilidade e até a direção do teu Veleiro? Como te coloca à prova e te pergunta de forma assertiva se “é mesmo por aí que desejas seguir?”. Cabe-te a ti perceber e aceitar a tempestade como uma força maior e sábia e, em vez de entrar em pânico e te deixares esmagar pela força das águas e pela força do vento, perceber como podes usar o Vento para remares a bom porto, quiçá até descobrir uma nova terra?
Estas Crises de Mercado podem apresentar-se como crises económicas, crises humanas, crises éticas e de profundas mudanças social. As grandes transformações tecnológicas que vivemos e que nos aguardam em 2024 são também elas uma fonte de disrupção e mudança, especialmente para o mercado de trabalho e pedem-nos que sejamos capazes de, em primeiro lugar, ativar o nosso compasso interno para que as decisões que nos são pedidas de fazer, sejam estratégicas e autênticas.
A uma dimensão pessoal, diria que poucas são as #marcaspessoais que não passam por crises: crises de reputação e crises de identidade. As crises de marca são momentos de profunda dor, onde é preciso tantas vezes descascar a nossa própria cebola, para ver o que se esconde por debaixo de todas as camadas do que é necessário deixar ir. Um bom exemplo é Taylor Swift:
#TaylorSwiftIsCancelled foi a hasgtag que marca o cancelamento público de Taylor Swift. Numa carreira cuja imagem foi sendo trabalhada para comunicar uma Cantora approachable e doce, Foram vários os episódios que em 2016 que pediram a Taylor para silenciar, refletir e cuidar da sua marca e da sua personalidade de marca. Voltaria depois com o seu álbum Reputation (“Im sorry the old Taylor cannot come to the phone right now… why? because she’s dead!”) onde assume totalmente o controlo da sua narrativa de marca, trazendo-lhe uma nova dimensão de assertividade.
Este período é um bom exemplo de como um Rebranding pode acontecer, trazendo uma mudança significativa à imagem de Swift, que passou de uma cantora de country-pop para uma artista mais complexa e madura. Após a crise, Swift tem-se manifestado mais sobre os seus pontos de vista políticos e tem defendido os direitos dos artistas, especialmente de artistas femininas, o que ajudou a regenerar a sua imagem como uma figura mais forte e mais autêntica.
Exemplos de Disruptores:
Sheryl Sandberg: Como Ceo do Facebook e autora do livro “Lean In”, Sandberg tem sido influente na indústria tecnológica e na defesa da liderança das mulheres no local de trabalho, especialmente na Tecnologia.
Um bom exemplo de como podemos ser disruptores para o nosso mercado é o caso de Sara Sampaio. Em 2017 fotos em nudez foram expostas para uma revista masculina sem o seu consentimento. Pronunciou-se como tem vindo a fazer nas redes sociais sobre várias questões ligadas à Saúde Mental, Imagem Corporal e Body Shaming, juntando-se à Voz de um grupo reduzido de modelos que têm transformado a percepção da profissão Modelo e as regras dentro da sua indústria.
Outro exemplo é o caso de Tim Ferris. Conhecido pelo seu “The 4-Hour Workweek,” onde inspira as pessoas a repensar a sua abordagem ao equilíbrio entre o trabalho e a vida, defendendo caminhos mais flexíveis, eficientes e não convencionais para o sucesso e a realização pessoal. É bem inspirador saber que ele lança este livro em 2007 quando a cultura de overwork/empreendedorismo está no seu pico.